Queime Depois de Ler
Com os dedos trêmulos abri mais uma vez sua carta, a li tentando ao máximo gravar cada palavra dela na minha memória, no meu coração.
“Queime depois de ler!"
Não estou brincando, sei como você é apegada as coisas materiais. Mas não precisa delas, e sabe disso, queime essa carta. Não quero que ela seja a única coisa que a faça se lembrar de mim. Lembre-se de mim em cada beijo em que te dei, em cada abraço em cada palavra que eu te disse. Não por está carta.
Por favor, faça o que eu te pedi. Sei que fará isso, pois te conheço melhor que qualquer pessoas. Não revire seus olhos, não de seu sorriso cínico. Você sabe tão bem quanto eu que essa é apenas a verdade: que você me conhece melhor do que ninguém e eu te conheço como ninguém. Toda vez que você sorri, toda vez que você revira os olhos, toda vez que você chora sei o porque. Sei disso porque você me deixa saber.
Obrigado, por ter deixado eu te amar.
Se lembra do dia em que nos conhecemos? Na minha primeira tarde em Paris. Estava perdido, andando como um idiota pela aquela cidade, até que acabei esbarrando em alguém. Subi meu olhos e dei de cara com a garota mais linda do mundo. Seu cabelo marrom escuro estava preso em uma trança, ela usava um flor no cabelo e um vestido vermelho. Seus olhos verdes sorriam quase tanto quanto sua boca. Era você. “Você esbarra em todos os estranhos que encontra na rua?” Perguntei, tentando imaginar com seria sua voz. “Não, apenas naqueles que parecem ser extremamente simpáticos” Sua voz era música aos meus ouvidos, não pude deixar de querer ouvi-la outra vez. Perguntei de onde você era, você me respondeu que morava depois da esquina. Bianca, não sabe o quão feliz fiquei quando você disse que podia ser minha guia, depois de eu te dizer que estava perdido.
Aquela foi a tarde mais maravilhosa da minha vida, nunca achei que encontraria uma garota como você. Tão simpática, risonha e divertida. Você me pareceu ser aquelas pessoas que apenas vivem a vida sem se perguntar o que acontecera amanhã. Você era tão parecida comigo!
Me lembrando desses dias me sinto um pouco mal, isso por causa de todas as brigas que tivemos. Me desculpe? Sei que não foi como esperávamos. Sempre tentei fazer de você a garota mais feliz do mundo. Mas não deu certo.
Não foi sua culpa, e também acho que minha também não. Acho que apenas não estamos prontos para isso, ainda não. Acredito que um dia estaremos. Rezo por isso. Você é tudo que eu sempre procurei, mas ainda não estou pronto para te ter. Um dia, em uma estrada qualquer, nos cruzaremos novamente. Vamos nos esbarrar em uma esquina, e ao levantar meus olhos verei os seus. Mas uma vez me perderei no seu sorriso. E dessa vez tudo dará certo.
Só te peço que não fique brava comigo. Espero que entenda que preciso ir embora. Minha vida não é aqui, tenho que voltar para casa. Você entenda, não é? E, por favor, não chore. Não fique triste por mim, cada vez que pensar em mim sorria. Acredite, cada lágrima que você derrama é como uma facada em meu peito.
Adeus, ou até logo...
Do idiota que te ama.
França/ 2010”
Tentei ao máximo não chorar, mas era impossível. As lágrimas teimavam em cair pelos meus olhos. Tentei sorrir, mas era impossível. Então pensei nele, com seu cabelo preto ralo e seus olhos castanhos claros, mas acima de tudo pensei em seu sorriso. O jeito com ele era animador e como ele parecia sempre distraído. Me concentrei na sensação de ter seus lábios nos meus, e isso me deu força.
Peguei aquela carta e alguns outros papéis. Tentei não passar meu olhos por aqueles jornais, mas não teve jeito, pude distinguir as palavras na manchete.
“Tragédia no céu, avião cai e mata todos os passageiros no vôo Paris/ Canadá”
E tudo voltou a minha memória, todas aquelas reportagens. O nome dele na lista de passageiros, a sua foto no noticiário entre as vítimas. E as lágrimas vieram, pois sabia que ele estava errado. Jamais nos cruzaríamos novamente, não nesse mundo.
Larguei todos aqueles papéis na lareira, peguei uma vela acesa e joguei lá dentro. Não demorou muito para que tudo queimasse, assim como ele me pediu. Senti minha pernas falharem enquanto via o papel se retorcer pelo fogo. Ajoelhada vi o fim de suas lindas palavras e espero do meu sofrimento também.
Sempre te amarei, mas de agora em diante isso só me fará sorrir.
Com os dedos trêmulos abri mais uma vez sua carta, a li tentando ao máximo gravar cada palavra dela na minha memória, no meu coração.
“Queime depois de ler!"
Não estou brincando, sei como você é apegada as coisas materiais. Mas não precisa delas, e sabe disso, queime essa carta. Não quero que ela seja a única coisa que a faça se lembrar de mim. Lembre-se de mim em cada beijo em que te dei, em cada abraço em cada palavra que eu te disse. Não por está carta.
Por favor, faça o que eu te pedi. Sei que fará isso, pois te conheço melhor que qualquer pessoas. Não revire seus olhos, não de seu sorriso cínico. Você sabe tão bem quanto eu que essa é apenas a verdade: que você me conhece melhor do que ninguém e eu te conheço como ninguém. Toda vez que você sorri, toda vez que você revira os olhos, toda vez que você chora sei o porque. Sei disso porque você me deixa saber.
Obrigado, por ter deixado eu te amar.
Se lembra do dia em que nos conhecemos? Na minha primeira tarde em Paris. Estava perdido, andando como um idiota pela aquela cidade, até que acabei esbarrando em alguém. Subi meu olhos e dei de cara com a garota mais linda do mundo. Seu cabelo marrom escuro estava preso em uma trança, ela usava um flor no cabelo e um vestido vermelho. Seus olhos verdes sorriam quase tanto quanto sua boca. Era você. “Você esbarra em todos os estranhos que encontra na rua?” Perguntei, tentando imaginar com seria sua voz. “Não, apenas naqueles que parecem ser extremamente simpáticos” Sua voz era música aos meus ouvidos, não pude deixar de querer ouvi-la outra vez. Perguntei de onde você era, você me respondeu que morava depois da esquina. Bianca, não sabe o quão feliz fiquei quando você disse que podia ser minha guia, depois de eu te dizer que estava perdido.
Aquela foi a tarde mais maravilhosa da minha vida, nunca achei que encontraria uma garota como você. Tão simpática, risonha e divertida. Você me pareceu ser aquelas pessoas que apenas vivem a vida sem se perguntar o que acontecera amanhã. Você era tão parecida comigo!
Me lembrando desses dias me sinto um pouco mal, isso por causa de todas as brigas que tivemos. Me desculpe? Sei que não foi como esperávamos. Sempre tentei fazer de você a garota mais feliz do mundo. Mas não deu certo.
Não foi sua culpa, e também acho que minha também não. Acho que apenas não estamos prontos para isso, ainda não. Acredito que um dia estaremos. Rezo por isso. Você é tudo que eu sempre procurei, mas ainda não estou pronto para te ter. Um dia, em uma estrada qualquer, nos cruzaremos novamente. Vamos nos esbarrar em uma esquina, e ao levantar meus olhos verei os seus. Mas uma vez me perderei no seu sorriso. E dessa vez tudo dará certo.
Só te peço que não fique brava comigo. Espero que entenda que preciso ir embora. Minha vida não é aqui, tenho que voltar para casa. Você entenda, não é? E, por favor, não chore. Não fique triste por mim, cada vez que pensar em mim sorria. Acredite, cada lágrima que você derrama é como uma facada em meu peito.
Adeus, ou até logo...
Do idiota que te ama.
França/ 2010”
Tentei ao máximo não chorar, mas era impossível. As lágrimas teimavam em cair pelos meus olhos. Tentei sorrir, mas era impossível. Então pensei nele, com seu cabelo preto ralo e seus olhos castanhos claros, mas acima de tudo pensei em seu sorriso. O jeito com ele era animador e como ele parecia sempre distraído. Me concentrei na sensação de ter seus lábios nos meus, e isso me deu força.
Peguei aquela carta e alguns outros papéis. Tentei não passar meu olhos por aqueles jornais, mas não teve jeito, pude distinguir as palavras na manchete.
“Tragédia no céu, avião cai e mata todos os passageiros no vôo Paris/ Canadá”
E tudo voltou a minha memória, todas aquelas reportagens. O nome dele na lista de passageiros, a sua foto no noticiário entre as vítimas. E as lágrimas vieram, pois sabia que ele estava errado. Jamais nos cruzaríamos novamente, não nesse mundo.
Larguei todos aqueles papéis na lareira, peguei uma vela acesa e joguei lá dentro. Não demorou muito para que tudo queimasse, assim como ele me pediu. Senti minha pernas falharem enquanto via o papel se retorcer pelo fogo. Ajoelhada vi o fim de suas lindas palavras e espero do meu sofrimento também.
Sempre te amarei, mas de agora em diante isso só me fará sorrir.
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