Vida perfeita
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Ele tinha uma vida perfeita. Mulher fiel e dedicada
Filhos bons, estudando, bem encaminhados
Um ótimo emprego, casa na praia e no campo
Status social, carro do ano e até uma poupança no exterior
E por isso ele vem me procurar, uma vez por semana.
A felicidade em demasia atrapalha.
Percebe, muitas pessoas são sabem lidar com a felicidade
Ser feliz demais sufoca, estagna, paralisa a gente.
Então, pessoas muito felizes costumam se sabotar
Criam subterfúgio para lhe trazerem problemas,
Dores. Afinal, a dor nos move, nos põe em alguma direção.
E era por isso que ele adorava o que eu fazia. Eu lhe injetava alguma dor.
Ele gostava que eu o fodesse de quatro, porque, segundo ele, doia mais.
Também lhe agradava a idéia de eu chamá-lo pelo nome da mulher.
E assim eu o fazia. O chamava de Eduarda, enquanto o comia por trás.
Isso o deixava muito, mas muito excitado.
Mas, preciso confessar. Ele tinha outra tara bem interessante
Ele pedia para eu deixar minhas unhas bem afiadas.
E durante o ato, gostava de sentí-las perfurando suas costas.
Particularmente, eu adorei fazer isso.
Passar minhas unhas por suas costas, com força, veemência.
Até sentir elas perfurando sua pele, ver o sangue ralo partindo do machucado
Tudo isso era muito excitante, de uma forma bizarra.
Ele me pagava o combinado e ir embora.
Não antes, lógico, de me contar alguma novidade boa sobre ele
Uma promoção, as notas boas do filho, o prêmio de sua esposa etc.
Na tentativa de, alguma forma, me mostrar que ele era normal.
Mas eu acredito que todos somos normais, dentro de nossa anormalidade.
Meu nome é Thiago, mas para trabalhar na rua eu me monto e viro Thaisa Mendonça, tenho 27 anos e não tenho perspectiva de largar essa vida.
Filhos bons, estudando, bem encaminhados
Um ótimo emprego, casa na praia e no campo
Status social, carro do ano e até uma poupança no exterior
E por isso ele vem me procurar, uma vez por semana.
A felicidade em demasia atrapalha.
Percebe, muitas pessoas são sabem lidar com a felicidade
Ser feliz demais sufoca, estagna, paralisa a gente.
Então, pessoas muito felizes costumam se sabotar
Criam subterfúgio para lhe trazerem problemas,
Dores. Afinal, a dor nos move, nos põe em alguma direção.
E era por isso que ele adorava o que eu fazia. Eu lhe injetava alguma dor.
Ele gostava que eu o fodesse de quatro, porque, segundo ele, doia mais.
Também lhe agradava a idéia de eu chamá-lo pelo nome da mulher.
E assim eu o fazia. O chamava de Eduarda, enquanto o comia por trás.
Isso o deixava muito, mas muito excitado.
Mas, preciso confessar. Ele tinha outra tara bem interessante
Ele pedia para eu deixar minhas unhas bem afiadas.
E durante o ato, gostava de sentí-las perfurando suas costas.
Particularmente, eu adorei fazer isso.
Passar minhas unhas por suas costas, com força, veemência.
Até sentir elas perfurando sua pele, ver o sangue ralo partindo do machucado
Tudo isso era muito excitante, de uma forma bizarra.
Ele me pagava o combinado e ir embora.
Não antes, lógico, de me contar alguma novidade boa sobre ele
Uma promoção, as notas boas do filho, o prêmio de sua esposa etc.
Na tentativa de, alguma forma, me mostrar que ele era normal.
Mas eu acredito que todos somos normais, dentro de nossa anormalidade.
Meu nome é Thiago, mas para trabalhar na rua eu me monto e viro Thaisa Mendonça, tenho 27 anos e não tenho perspectiva de largar essa vida.
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