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sábado

The Power Of Britney Spears

Todas contra Britney


Afinal, o que será de Britney Spears em tempos de Lady Gaga? O que será dela em tempos de grandes mudanças no mundo fonográfico?

Ela já não é mais princesa. Todos apontam para outra cantora: uma performer com voz mais potente, com roupas mais ousadas e uma atitude agressiva nos palcos. E sim, mais ousadia também fora do palco. Mas calma, não quero apenas compará-la à Lady Gaga, pois isso seria uma briga injusta. E sabe o por quê?

Britney Spears é uma lenda viva no mundo da música. Ela sobreviveu à época das cantoras virgens, passou à fase “I’m not a Girl, not yet a Woman”, tornou-se a tal woman quando sussarava “I’m a slave for you”,criou tendência das mulheres sensuais e poderosas. Mas nada disso era uma invenção de algo. Madonna já tinha feito tudo isso, indo de Like a Virgin até Human Nature.

Portanto, ela era configurada como a Princesa, uma vez que fazia o mesmo sucesso estrondoso da rainha e seguia fielmente seus passos. Porém, algo deu errado. Ela não agüentou a pressão de ser cobrada cada vez mais pela mídia, pelos pais e pelos fãs e pirou. Ela saiu da realeza e caiu no mundo dos plebeus. Mostrou-se humana.

Escândalos após escândalos, a princesa em decadência virou alvo favorito da imprensa sensacionalista, que adorava colocá-la em péssima situação. Sim, a mesma imprensa que a elogia, agora a massacrava. Sem dó, porque o que vale para os tablóides são os lucros e as fotos comprometedoras.

E assim como Whitney Houston, a garota conseguiu se recuperar. Contudo, a grande volta da Britney não foi tão grande assim, marcado por uma apresentação-catástrofe no VMA da MTV. Era tudo que a mídia queria: ver Britney em situação desastrosa. Minhas considerações sobre esse episódio são muito claras: a garota não estava totalmente segura de si mesma, mas seus produtores exigiram que ela voltasse em “grande” estilo no maior evento da música estadunidense. A pressa deu no que deu.

A música hoje

Passada a turbulência em sua carreira, ela volta com tudo em seu novo cd intitulado Circus. Uma verdadeira alusão sobre o que é sua vida neste momento: um picadeiro, com palhaçadas, risos, brincadeiras e muita mágica. Sim, porque basta ela aparecer para o lugar se transformar. É pura magia.

A presença da Britney é algo incrível. Não se compara a da Madonna, porque esta passa uma sensação de medo, de respeito muito forte, pois nos deparamos com a maior cantora do mundo, que sobrevive há mais de 25 anos fazendo sucesso e inventando modos de fazer música. Britney é uma intensa seguidora de seus passos, mas desde sua “volta” ela está caminhando por novos caminhos.

Caminhos esse que Madonna também caminha. Novos caminhos impostos pelo nosso tempo, e não por uma pessoa específica. E a pergunta que não quer calar: por que ela faz tanto sucesso se ela não canta e não dança como antes?

Respondo: porque Britney Spears é um mito. Ela não canta como a Christina Aguilera, ela não dança como a Beyonce, ela não inventa como a Madonna e ela não é novidade como a Lady Gaga. Ela simplesmente possui o poder do mito.

A garota que veio do Clube do Mickey alcançou sucesso mundial, caiu em sua própria desgraça e se levantou colocando todos em seu circo. Como se tudo isso fosse uma brincadeira. Aos seus haters, saibam que a loira canta sim. Ela tem afinação, ela tem um timbre vocal singular e forte, ela só não consegue alcançar tons elevados como Xtina e Mariah. Mas quem precisa disso?

Ela dança o suficiente para agradar seus fãs e criar passos memoráveis, sabe ser sensual como nenhuma outra e tem um carisma que poucas tem. Para Britney, ser pop é ser ela mesma. Ela tem força por ser esse mito.

Ela já não é princesa. As princesas do pop seguem os passos de suas rainhas, e Britney já deixou de seguir Madonna há dois CDs. Como disse Lady Gaga em uma de suas entrevistas, Britney é rainha. E querendo ou não, todos terão que concordar com isso. Desde Blackout, sua música pop/electro tornou-se referência no mundo todo, abrindo espaço para surgirem novas sensações como The Fame e END. Embora eles não sejam cópias de Blackout, muito dos seus elementos sonoros podem ser encontrados lá.

Se alguém se perguntar: se Britney é rainha, Madonna é o que então? A tia também é rainha, mas de outra geração. Além de ser rainha, Madge acumula pontos para ser matriarca da música pop, uma lenda, uma entidade da música universal. Algo que duvido muito volte a acontecer.

Dona de uma nova geração, Britney não se importa de perder o cargo de princesa. Esse pode ser dado à Kylies Minogues, Ladys Gagas, Katys Perrys, ou seja, quem for. Ninguém ameaça seu trono, seu posto de mito. “Love me, hate me, say what you wanna about me”, isso significa, façam o que quiser, sua imagem estará intacta.

Pura ilusão alguém querer encontrar uma substituta para Madonna. Isso jamais acontecerá. Mesmo após sua morte, ela sempre será lembrada como rainha e ninguém pode tomar seu lugar, graças à sua história e seu poder de sobrevivência e reinvenção no mundo da música. O mesmo acontece com Britney: ela criou um novo elemento a ser copiado... o da garota que começou certinha, que se afundou e renasceu das próprias cinzas.

Um tipo de elemento que eu não vejo renascer. Como todos sabem, eu adoro a Lady Gaga, mas essa terá que ser muito inteligente e muito talentosa para criar um novo mito dentro da música, porque o lugar de Brit ninguém nunca tomará.

O brilho da Fênix da Britney parece que irá brilhar por muitos e muitos anos.

Fonte. Cmm JOVEMPAN

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